Hoje em dia vivemos num “corre-corre”. Temos horário para tudo: para acordar, para comer, para trabalhar, para ir ao ginásio, para estar com os amigos, e assim por diante. Perde-se a espontaneidade, enraízam-se rotinas. A vida é de tal forma acelerada e calendarizada que não sobra tempo para pararmos e olharmos para nós e estarmos em contacto connosco e com o nosso mundo interior.
Uma das perguntas que recorrentemente faço às pessoas que me procuram é a seguinte: o que faz para relaxar? Curiosamente o que ouço é “Nada!” ou mesmo não há resposta, simplesmente o espanto pela pergunta. Mais curioso ainda é que, em muitos casos, não há tempo para relaxar. As responsabilidades, as obrigações e a multiplicidade de papéis que temos torna difícil encontrar tempo para nós. Para além disso, algumas pessoas têm medo de estar sozinhas consigo mesmas. O que surge traz desconforto e o melhor é distrairmo-nos com qualquer coisa (e, convenhamos, temos muitas opções para nos distrairmos hoje em dia). Não é de todo incomum que haja uma alteração no humor (ou outras do foro mental e físico) quando passamos de um ritmo acelerado para um ritmo oposto quando estamos de férias, sobretudo quando não se tem planos. É como se existisse um vazio e fossemos obrigados a aguentar a nossa companhia, a qual passou despercebida ao longo de muitos meses. O que é certo, é que o nosso corpo pede descontracção e relaxamento e a nossa mente tem sede de auto-conhecimento. O que fazer? Comece por dedicar 5 minutos do seu tempo por dia a si. Pode praticar meditação, pode fazer um simples exercício de inspirações e expirações profundas, pode observar os seus pensamentos, pode praticar auto-hipnose, pode ouvir uma música para relaxar, pode fazer o que quiser. Acima de tudo, dê-se a oportunidade de estar consigo, de se conhecer, de perceber as mensagens que está receber do seu corpo e da sua mente e converse consigo de forma positiva. Experimente! E à medida que o tempo vai passando, vá se dando mais tempo a si próprio/a. Dedique 10 minutos, depois 15, depois 20. Desfrute da sua companhia! Boas férias!
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"Por mais longa que seja a caminhada, o mais importante é dar o primeiro passo" dizia Vinicius de Moraes. São vários os desafios, dilemas, obstáculos, problemas que nos surgem no dia-a-dia. Umas vezes avançamos e num abrir e fechar de olhos as mudanças acontecem, as aprendizagens acontecem, a satisfação e o bem-estar acontecem. Noutras vezes, queremos lidar com o que nos rodeia, mas não conseguimos avançar, sentimo-nos perdidos. Talvez por não sabermos o caminho a seguir, talvez por termos medo, talvez porque achamos que não depende só de nós, talvez porque já avançámos no passado e correu menos bem, talvez por outros motivos. Muitas vezes sentimo-nos presos e precisamos de ajuda. Esse pode ser o primeiro passo.
Pedir ajuda é um gesto de coragem, de força, pois implica reconhecer o nosso sofrimento e apresentá-lo às pessoas. É reconhecer que não somos perfeitos/as. É reconhecer que não estamos feliz e mostrar que queremos fazer algo por nós. O que não estamos a ver é o caminho e precisamos de ajuda para organizar as ideias, ver as situações sob novas perspectivas, sair do nosso mundo interior e partilhar o que nos vai na alma e no coração, ter um incentivo... Por vezes queremos que nos digam qual o melhor caminho a seguir, qual a escolha certa, até mesmo o que vai acontecer a seguir. O que é certo é que somos nós que traçamos o nosso caminho, mesmo que seja o que outros percorreram e nos disseram que era o melhor. Somos nós que escolhemos. E como temos esse poder, podemos decidir dar o primeiro passo e mudar as nossas vidas! |
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